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Como se planejar em momentos de crise econômica

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Estamos passando por momentos difíceis. Não só para o Brasil, mas também para o mundo. Se até as grandes empresas já fazem previsão de retração, a situação das pequenas e do trabalhador pessoa física é ainda mais complicada.

Quem trabalha com comércio se vê fechando as portas. Quem é autônomo, está sem serviço. Já quem tem carteira assinada se vê obrigado a tirar férias ou teme perder o emprego.

“Em um cenário assim, a tendência é se desesperar e agir por impulso, o que é um perigo. Principalmente em momentos de crise”, garante Victor Loyola, empresário do mercado financeiro e cofundador da Consiga+, empresa de crédito consignado privado.

Victor explica que as pessoas devem aproveitar os momentos de isolamento social para se planejar financeiramente. “Não temos a cultura de educação financeira aqui no país. Muita gente não sabe quanto ganha e quanto gasta. Esse pode ser um momento para colocar tudo no papel e entender, de fato, como será possível encarar os próximos meses, que podem ser difíceis por conta da crise global provocada pelo coronavírus”, aconselha.

O passo inicial é anotar todos os gastos. Se não conseguir fazer isso com tudo, diariamente, a opção é deixar registrado pelo menos aqueles fixos como conta de luz, água, aluguel, celular… Aquilo que compromete sempre parte do orçamento.

A partir daí, já é possível saber que apenas o que sobrar poderá ser usado para lazer ou para a compra de algo supérfluo. Ainda seria bom guardar uma parte do dinheiro para criar um fundo de emergência, exatamente para momentos como os que devemos viver em breve.

Se o cenário exigir a busca por um empréstimo, o especialista alerta para a necessidade de cautela. “A recomendação é que a pessoa pense como fará para quitar isso no futuro, e tome um valor que não vá comprometê-la tanto amanhã”.

De acordo com Victor, a necessidade é para que ninguém passe de “endividado” para “inadimplente”. Por isso, a importância de se atentar às condições do empréstimo, às prestações e juros.

O cofundador da Consiga+ lembra, ainda, que manter o nome limpo é a primeira premissa para que as pessoas consigam tomar crédito com taxas de juros mais baixas. “Mesmo no caso do crédito consignado privado, que já tem taxas baixas e está disponível a negativados, o nome limpo colabora para que a taxa seja a menor possível”.

A recomendação, então, é que as pessoas pensem antes de recorrer a empréstimos e, se forem precisar de crédito, já elaborem um planejamento para absorvê-lo aos gastos nos meses seguintes.

Um último ponto de atenção é com o limite do cartão de crédito, que tende a ser o mais usado nesses momentos por já estar sempre à mão, mas tem taxas muito altas comparado a outras formas disponíveis no mercado.

Como se planejar em momentos de crise econômica

O cartão de crédito gera a ilusão do gasto sem pagamento. O limite do cartão é sempre maior do que o salário, o que, num primeiro momento, causa até certo alívio, que termina quando chega a fatura.

“Isso acontece porque a maioria das pessoas utiliza o cartão de crédito para pagar despesas do dia a dia e contas muito pequenas, como um cafezinho, por exemplo. O ideal é usar o cartão dentro de um limite que é o percentual de sua renda”, conclui Victor.

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