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64% dos brasileiros esperam gastar mais em turismo e viagens em 2024

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Levantamento do Boston Consulting Group (BCG) apontam para boas perspectivas para o mercado de viagens e turismo brasileiro em 2024. Segundo a pesquisa ConsumerSentiment 2023, que captura tendências de consumo em diversas categorias, 64% dos brasileiros que tipicamente viajam têm a expectativa de gastar mais com viagens de lazer e 44% em viagens a trabalho.

Na comparação internacional, o Brasil ocupa a 1ª posição na propensão a aumento de gastos na categoria de viagens de lazer, entre as 34 categorias avaliadas, enquanto Índia está em 9º lugar e Estados Unidos, em 19º.

Estes resultados são parte de um estudo global com mais de 20 mil consumidores de 21 países foram consultados sobre suas expectativas em gastar mais com produtos e serviços em 34 categorias. Análises do BCG demonstram portanto bons sinais de recuperação do mercado no pós-pandemia, com diversos segmentos demonstrando assim níveis de atividade em linha e até acima do observado em 2019.

De acordo com o diretor executivo e sócio do BCG e líder da prática de Viagens e Turismo no Brasil, Leandro Paez, em 2023, o turismo de lazer recuperou-se em relação aos níveis pré-pandemia, com movimentação de valores até 25% acima dos níveis de 2019, impulsionado pela recuperação da demanda e aumento de preços em especial nos setores de transporte e hotelaria. “A expectativa para 2024 portanto também é positiva para maior parte do setor de turismo. O consumidor está disposto a gastar mais com viagens”, afirma.

No setor aéreo, a análise aponta que, no mercado doméstico, a demanda de passageiros retornou a patamares muito próximos aos de 2019 –  91 milhões passageiros por ano (-4% sobre 2019) -, o que, somado ao aumento médio dos preços das passagens elevou dessa forma a receita das maiores empresas aéreas no Brasil em cerca de 15%, na mesma comparação. Maior parte da retomada da demanda aérea ainda é concentrada nos segmentos de lazer, enquanto viagens a negócio estão abaixo dos patamares de 2019, principalmente pelo aumento de flexibilidade de trabalho remoto e maior atenção das empresas com despesas com viagens.

A recuperação tem sido mais gradual nos voos internacionais, com operações cerca de 13% (em PAX) abaixo dos níveis de 2019, evidenciando menor entrada de turistas no Brasil e menos brasileiros viajando para o exterior. A análise do BCG demonstra que Brasil tem enorme potencial de multiplicar a entrada de turistas estrangeiros. A expectativa para este ano a chegada de 6 milhões de estrangeiros.

O BCG destaca como pontos de atenção para empresas do setor: oferecer valor a novos perfis e segmentos de viajantes; focar na “omnicanalidade”  e na personalização no serviço ao cliente; investir em crescimento de serviços e produtos adjacentes e eficiência operacional e fortalecer parcerias com  segmentos complementares, prestadores de serviço, associações e órgãos governamentais.

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