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Paraná avança no desenvolvimento do turismo náutico de água doce e reúne lideranças do setor em Foz do Iguaçu

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A realização do primeiro boat show em água doce no país, o Foz Internacional Boat Show, que aconteceu entre os dias 24 e 26, no Iate Clube Lago de Itaipu, em Foz do Iguaçu, também contribuiu para atrair autoridades federais, do estado e de outras regiões brasileiras com objetivo de desenvolver o turismo náutico e a utilização sustentável dos recursos hídricos com reflexos positivos na economia e geração de empregos.

Paraná avança no desenvolvimento do turismo náutico de água doce e reúne lideranças do setor em Foz do Iguaçu

Em paralelo à feira náutica, aconteceu o Congresso Internacional Náutica. O evento idealizado pelo presidente da Boat Show Eventos/Grupo Náutica, Ernani Paciornik, levantou temas e cases de sucesso que envolvem o setor.

Entre os destaques, o Secretário de Turismo do Estado do Paraná Marcio Nunes e outros integrantes do governo apresentaram o panorama do estado com 98 quilômetros de praias; importantes rios e suas represas como o Paraná e o Tibaji; lagos de água doce, como o de Itaipu, e todas as atividades que geram reflexos em inúmeros municípios, além de baías como a de Paranaguá, Guaraqueçaba e Guaratuba, e implantação de projetos para trabalho de forma integrada envolvendo náutica, pesca, caiaque, ecoturismo, aventura e outros, por meio da campanha “Paraná das Águas”.

Entre os projetos foi abordado sobre a recente criação do destino “Angra Doce”. Ele envolve vias navegáveis interiores do estado em conjunto com o Estado de São Paulo e que engloba 15 municípios. Inicialmente, segundo o governo paranaense, a ideia é consolidar um roteiro turístico, aproveitar o potencial e os produtos existentes e desenvolver um trabalho de promoção integrado. Além da implantação de ações sustentáveis de forma gradativa.

Entre as ações em andamento no Paraná, a coordenadora de gestão e sustentabilidade do Turismo do Paraná, Anna Vargas, citou os créditos disponibilizados a empresas de esportes náuticos e lazer, com recursos do Prodetur. Além de outra linha específica para a pesca e condutores de turismo para o fomento do setor.

Outro ponto de atenção ao Paraná abordado foi a pesca esportiva. Roald Andretta, Coordenador Técnico da Superintendência da Pesca da Sedest, destacou que o estado é o único com três estaleiros focados no segmento. Segundo dados levantados pelo governo, “um evento com 250 barcos significa mais de R$ 50 milhões em equipamentos na água”, disse.

Além do Foz Internacional Boat Show que é focado na náutica em suas diversas atividades, Andretta citou ainda o projeto “Rio Vivo” que promoveu 11 eventos voltados especificamente ao turismo da pesca esportiva nos últimos 12 meses e gerou receita superior a R$ 6,4 milhões aos municípios. No total, foram 1.158 barcos envolvidos e quase 3,5 mil participantes.

Criação de novas estruturas e consolidação do estado na rota brasileira de cruzeiros, além de grandes resorts dentro das áreas de represas existentes foram apresentados. Casos como mergulho em água doce em Porto Rico e outros de potenciais náuticos dos municípios de Sertaneja, Guaíra e Santa Terezinha de Itaipu, além capacitação profissional e atividades voltadas ao turismo de aventura e seus impactos econômicos foram mais alguns dos temas de palestras abordadas no congresso.

“Muitas vezes, a gente olha só para a costa, onde temos, sim, um mar maravilhoso para navegar. Mas, na minha opinião, as águas interiores são ainda melhores e muito mais extensas. Então, acho que o Brasil está acordando para isso e o Boat Show é um marco para introduzir essa cultura náutica interior. Isso vai impulsionar a indústria náutica e também a geração de empregos”, disse o presidente da Associação Náutica Brasileira Acobar, Eduardo Colunna. O Brasil tem 7,5 mil quilômetros de litoral, porém, as vias navegáveis interiores somam mais de 41 mil km, além de 4 mil embarcações de lazer produzidas no ano.

“Para nós que somos uma região contemplada por dois grandes rios de água doce, o Paraná e o Iguaçu, é fundamental esse olhar para as águas. Essas regiões são importantes pela preservação ambiental. Acreditamos que o turismo sustentável pode incentivar o bom uso e o cuidado com o meio ambiente. Além de promover o desenvolvimento desse território e com isso vamos também inibir o uso indevido”, comentou o diretor de Turismo do Parque Tecnológico de Itaipu, Yuri Benites.

Já o diretor de Patrimônio Natural do Instituto Água e Terra, Rafael Andreguetto, destacou ainda outras vantagens. “O nosso estado tem 98 quilômetros de praia e mais de 3 mil quilômetros de navegação. Temos grande potencial para o desenvolvimento do turismo náutico. Nós entendemos que apoiando a conservação e o desenvolvimento dessas áreas, conseguimos conciliar as atividades econômicas, conservação ambiental e educação. Como esse olhar diferente para as águas queremos impulsionar o desenvolvimento do turismo náutico. E fazer com que o Paraná se consolide e seja protagonista na economia náutica e em toda cadeia produtiva do setor”.

Paraná avança no desenvolvimento do turismo náutico de água doce e reúne lideranças do setor em Foz do Iguaçu

Paraná, turismo náutico em números

  • 78 atrativos de turismo náutico
  • 29 unidades de conservação abertas à visitação com rios, corredeiras, lagoas e lagos náutico
  • Lago de Itaipu tem uma área de 1.350 km2 e 66 ilhas;
  • 2º estado do país em número de embarcações registradas, com 71.132 unidades;
  • 4º polo náutico brasileiro;
  • 98 km de praia.
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