A Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (ABLA) apresentou, no dia 12, a edição 2024 do Anuário Brasileiro do Setor de Locação de Veículos, com os números mais recentes do setor. De acordo com os dados revelados pela entidade, a atividade registrou, em 2023, faturamento 22% superior ao ano anterior, atingindo R$ 44,9 bilhões. O resultado deve-se, de acordo com o presidente do Conselho Gestor da entidade, Marco Aurélio Nazaré, ao realinhamento geral dos custos e de tarifas.
Um dos pontos de destaque são os investimentos em veículos que atingiram R$ 66 bilhões, contra R$ 55,3 bilhões em 2022, superando o faturamento referente a alugueis de carros, com impostos incidentes sobre locação 21,3% superiores no ano, o que demonstra a relevância do setor na economia.
O levantamento aponta que a frota total cresceu 9,5%. Sendo os modelos hatches pequenos correspondentes a 25,9%, seguidos pelos veículos de entrada (18,7%) e por SUV (16,7%), enquanto os emplacamentos mantiveram-se estáveis, com participação do setor referente a 27,1%. O foco do setor tem sido a renovação da frota nos últimos anos, uma exigência do mercado, com incentivos direcionados ao varejo em geral, não diretamente à atividade de locação.
A frota de motos superou 77 mil unidades, um crescimento de 79,5% sobre 2022, Já os emplacamentos cresceram 28,3% no período. O emplacamento de ônibus e micro ônibus registrou alta de 16,7% e o de caminhões, 24,8%. A frota total de eletrificados – automóveis e veículos leves – teve aumento expressivo de 81,6% e os emplacamentos foram 36,1% maiores do que no ano anterior.
Turismo relevante
O setor de turismo tem uma participação importante nas atividades de locação. O vice-presidente da ABAL, Paulo Miguel Junior, afirma que a participação do setor é de 48%, especialmente nos segmentos de lazer e negócios. “O número vem se mantendo nos últimos anos, boa parte relativo ao turismo interno de lazer, tendo em vista que muitas empresas reduziram o número de viagem, optando por reuniões on-line”, observou. Outro fator que explica essa participação é que os viajantes estão optando por veículos alugados em viagens de até 500km.
Um exemplo é a falta de carros para locação nos meses de janeiro e fevereiro, especialmente, no Nordeste, para uso em turismo. “Há uma demanda crescente, que levará ao aumento da frota e não somente sua renovação”, completou Nazaré.
