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O protagonismo e segurança dos eventos presenciais

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Quando a pandemia se propagou, não teve jeito: o Brasil, a exemplo do mundo todo, recolheu-se. O setor de eventos presenciais, responsável por mais de 4% do PIB brasileiro, foi uma das áreas mais impactadas pela Covid-19.

De acordo com a Associação Brasileira de Promotores de Eventos (Abrape), as medidas restritivas afetaram 97% das empresas do segmento, que deixaram de faturar ao menos R$ 230 bilhões em 2020 e 2021, afetando mais de seis milhões de pessoas que dependiam de festas, ações corporativas, casamentos e shows para sobreviver.

O protagonismo e segurança dos eventos presenciais
Cristina Ocdy, diretora de operações e vendas do Noah Gastronomia e Villa Blue Tree

Tenho plena convicção em dizer que a nossa área é como uma máquina que atinge diversas engrenagens da economia. O segmento foi um dos mercados mais afetados e teve que se reinventar para acompanhar as rápidas transformações dessa crise. Foi preciso inserir “óleo em seus mecanismos” para iniciar a partida para uma retomada.

Nos últimos anos, nos acostumamos a participar de eventos por meio de uma tela. As empresas tiveram que se adaptar para manter o mínimo de suas operações. No entanto, a necessidade e demanda de networking presencial permaneceu. Muitos de nós não abrem mão da importância de estar frente a frente.

Um exemplo desse cenário foi o Villa Blue Tree, espaço com uma área de 6 mil m², que, no ano passado, foi muito procurado para eventos presenciais por conta da sua grande estrutura ambientalizada ao ar livre e com decorações rústicas e requintadas. O espaço também entrou no mercado dos estúdios profissionais para web streaming (transmissões on-line), lives para redes sociais, webinar e webcast. Com isso, proporcionou novas opções de serviços para atender da melhor maneira as demandas do consumidor.

Mas, como nada é tão simples, ao iniciar essa tão desejada retomada, encontramos mais um degrau de dificuldade. Segundo a Abrape, neste ano a ideia era de um retorno 100% da programação de eventos presenciais no país. Porém, a nova variante Ômicron está fazendo com que as pessoas reagendem ou cancelem seus eventos. Agora, novamente, vamos ter que lidar com mais esse obstáculo. Para a roda continuar girando no nosso setor, acredito que os encontros devem ser mantidos de maneira segura e consciente.

A vacinação dos brasileiros contra o coronavírus é alentadora. Até agora, o Brasil já tem 79,63% da população com a primeira dose da vacina. Considerando a população vacinável, ou seja, quem tem 5 anos ou mais, são 85,47%; 71,63% das pessoas foram vacinadas com as duas doses ou a dose única. Dos que têm 5 anos ou mais, são 76,89%. E a dose de reforço já foi aplicada em 27,81% da população. Levando em conta quem a partir de 18 anos, são 36,93%.

Estamos pensando no bem-estar de todos os envolvidos, e sabemos que somos capazes de mobilizar os encontros. Faz dois anos que a humanidade (Brasil incluso) se dedica a criar protocolos e segui-los à risca. Essas ações estão mais que comprovadas com os eventos-teste realizados ao longo dos últimos meses.

O Governo de São Paulo já reforçou que eventos em geral devem disponibilizar álcool e exigir o uso de máscaras dos participantes. A recomendação ainda prevê que os organizadores requeiram do público a apresentação de comprovante de esquema vacinal completo (com as duas doses da vacina ou uma do imunizante de dose única).

O medo do desconhecido nunca se fez tão presente nesse período de pandemia. Mas já navegamos por esses mares e sabemos como lidar e agir com segurança a favor da manutenção da realização de eventos presenciais. Nesse contexto, é fundamental que haja uma união efetiva entre iniciativa privada e poder público para garantir que o setor continue fluindo com dedicação, estratégia e transparência.

Artigo de Cristina Ocdy, diretora de operações e vendas do Noah Gastronomia e Villa Blue Tree
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