Início Aviação Medo de voar não precisa mais limitar suas férias

Medo de voar não precisa mais limitar suas férias

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O avião é considerado o segundo meio de transporte mais seguro do mundo. Mas três em cada quatro brasileiros ainda tem medo de voar, segundo uma pesquisa de 2007 do Ibope.

A aviofobia – medo de voar – pode estar relacionada a um trauma específico, ao temor de estar nas alturas ou diretamente ligada ao medo de morrer, ou até mesmo pelo indivíduo sofrer um trauma vicariante (trauma desenvolvido a partir de relatos de outras pessoas ou até mesmo por ter vivenciado a situação de perto), entre outros motivos.

No entanto, independente da razão, o medo de voar afeta a vida pessoal e profissional da pessoa. Ele impede muitas vezes, por exemplo, que ela faça aquele passeio em família para outro país que há tempos deseja. Pode até mesmo limitar viagens de negócios importantes na carreira.

É possível controlar as emoções causadas pela aviofobia, tais como ansiedade, estresse, taquicardia, crises de pânico e até possíveis desmaios através de uma abordagem chamada de EMDR (Eye Movement Desensitization and Reprocessing – Dessensibilização Reprocessamento por meio dos Movimentos Oculares).

Reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a terapia EMDR vem mostrando resultados eficazes quando utilizada para todo tipo de fobia e trauma, incluindo situações delicadas pós-traumáticas.

O tratamento para o medo de voar, indicado para todas as idades, é realizado em oito fases. Ele deve ser seguido à risca para que a pessoa tenha acesso a todos os pilares da memória necessários para reprocessar os traumas e medos, como imagens, crenças negativas e até mesmo, sensações corporais.

O EMDR vem sendo usado com sucesso no combate ao medo de voar

De forma inédita no Brasil, a abordagem terapêutica integrativa de EMDR se utiliza de estímulos visuais, auditivos e/ou táteis durante todas as fases da terapia.

Estes estímulos promovem um reprocessamentos das memórias traumáticas. Uma modificação dos sentimentos negativos e modifica a forma como sensações corporais aparecem para o paciente, instigando à rede onde está presa a lembrança ou o medo.

“O paciente é incentivado a expor seus medos ou sensação traumática. E assim lhe ajudamos através dos movimentos dos olhos, de determinada maneira, que o cérebro recebe a ajuda necessária para processar o fato e o arquiva de uma forma funcional.” diz Ana Lúcia Castello, psicóloga e presidente da Associação Brasileira de EMDR .

“As informações perturbadoras são desatadas através de um caminho adaptativo até que pensamentos, sentimentos, medos, traumas, imagens e emoções tenham desaparecido. E espontaneamente substituídos por uma atitude positiva” completa Ana Lúcia Castello.

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