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Entenda a importância da cidadania europeia para casais LGBTQIA+

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Atualmente, não é raro encontrar casais da comunidade LGBTQIA+ que estão em busca de novas oportunidades de vida no mundo afora. Afinal, não são poucas as notícias sobre casos de homofobia, ataques psicológicos, verbais e até físicos sofridos por parte dessa população.

Conforme apontam informações fornecidas pelo Observatório de Mortes e Violências contra LGBTI+, a agressão contra pessoas lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e intersexo (LGBTI+) no Brasil, em 2021, cresceu cerca de 33,3% em relação a 2020. Inclusive, o Brasil é o país que mais mata a população LGBTQIA+, ocorrendo assim uma morte a cada 29 horas, de acordo com o Grupo Gay da Bahia (GGB).

Nesse sentido, é natural que alguns casais busquem por novas oportunidades e liberdade em países que se demonstram, no mínimo, acolhedores para essa parcela da população, a exemplo do continente europeu, que lidera a lista dos países mais seguros para a comunidade, segundo a organização ILGA, Associação Internacional de Gays e Lésbicas.

Porém, a partir do momento em que eles optam pela vida na Europa, é necessário se informar sobre as políticas de combate às desigualdades de gênero e sexuais no país, a sua aplicabilidade e, claro, os pré-requisitos para começar uma nova fase em cada um deles, se precisam tirar a dupla cidadania, o passo a passo etc.

Quando paramos para falar sobre o Reino Unido, por exemplo, podemos lembrar que a união civil é permitida e que existem punições mais pesadas para casos de agressão motivados pela orientação sexual da vítima. Já no caso de Portugal, os cidadãos LGBTQIA+ são reconhecidos por diversos direitos e possuem políticas que os protegem dentro do território.

Por fim, no caso da Espanha, a comunidade LGBTQIA+ é consideravelmente aceita no país. Lá existem muitas organizações sociais em prol do grupo e não há relatos de tentativas de impedir que elas operem. A lei local espanhola proíbe a discriminação baseada em raça, gênero, incapacidade ou posição social e, na maioria da vezes, o governo cumpre.

Portanto, a população LGBTQIA+ é constantemente acolhida no mundo fora. Além disso, embora saibamos que exista um longo caminho ainda para ser percorrido, principalmente no Brasil, a partir do momento em que as pessoas buscam pela vida em outros países e se informam sobre os processos de dupla cidadania, um futuro melhor está garantido.

Artigo de Rafael Gianesini, co-fundador da Cidadania4U
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