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Variação de preços na Ponte Aérea RJ-SP é obstáculo para desenvolvimento econômico e o avanço dos negócios

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A variação de preços nas passagens da Ponte Aérea Rio de Janeiro – São Paulo, uma das rotas mais movimentadas e vitais do Brasil, tem sido um obstáculo significativo para o desenvolvimento econômico e o avanço dos negócios.

Variação de preços na Ponte Aérea RJ-SP é obstáculo para desenvolvimento econômico e o avanço dos negócios

Segundo levantamento feito pela Associação Rio Vamos Vencer (RVV) no dia 24 de setembro, o preço ida e volta do Aeroporto Santos Dumont (SDU) ao Aeroporto de Congonhas (CGH), para viajar no dia seguinte, custava até R$ 8 mil, mais caro portanto do que uma passagem internacional.

“Isso afasta passageiros, prejudica os negócios e cria obstáculos para o crescimento econômico do Rio de Janeiro”, enfatizou o presidente da RVV, Marcelo Conde, acrescentando que a entidade está muito preocupada com o desestímulo da vinda ao Rio, em função da variação dos preços.

“Precisamos de negócios e de turismo. Esta semana, o Rio receberá a 50ª edição da Abav Expo, o maior encontro de Turismo da América Latina, e os valores exorbitantes das passagens prejudicam e até impedem que profissionais do setor venham para o evento”, reforçou Marcelo Conde.

O empresário e membro da RVV, Marco Adnet, destaca que é imperativo cobrar medidas imediatas dos governos Federal e Estadual para eliminar esse custo inviável da Ponte Aérea.

“Isso pode incluir incentivos fiscais para as companhias aéreas que operam nesta rota, regulamentações que garantam menos variação, preços justos e competitivos e a busca por soluções que melhorem a infraestrutura aeroportuária, reduzindo assim os custos operacionais”, sugere Marco Adnet.

A vice-presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens Nacional (Abav Nacional) e integrante da RVV, Cristina Fritsch, reforça que os preços exorbitantes e voláteis das passagens afetam não apenas viajantes a negócios, mas também pessoas que precisam viajar por motivos familiares, de saúde ou outros.

“Isso sem mencionar o impacto gerado nas empresas, uma vez que a incerteza nos preços das passagens afeta os custos operacionais e a mobilidade de funcionários, prejudicando portanto a eficiência dos negócios”, acrescentou Cristina Fritsch.

Marcelo Conde reforça que, além do problema dos preços altos e voláteis, existem outras questões que fizeram com que a Ponte Aérea perdesse todas as características e vantagens de quando foi instituída. O dirigente ressalta ainda que, na regulamentação atual, não existe nenhum tratamento diferenciado para os voos de grande volume e frequência, como os operados na rota SDU-CGH.

Variação de preços na Ponte Aérea RJ-SP é obstáculo para desenvolvimento econômico e o avanço dos negócios
Marcelo Conde, presidente da RVV

“A Ponte Aérea foi criada com o objetivo de oferecer passagens com o mesmo preço, horários predeterminados, facilidades para o embarque e nenhuma dificuldade para alteração de horários. E todas essas características se perderam ao longo dos anos”, salientou o dirigente.

A RVV já enviou uma correspondência para a presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Jurema Monteiro; a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC); o ministro do Turismo, Celso Sabino; o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e para o ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa.

No documento, além do pedido de uma revisão na política de preços, são apontados alguns aspectos que também precisam de atenção, que incluem: endosso de passagem, malha de voos sem superposição de horários entre as companhias aéreas, definição de valores mínimos e máximos no preço das passagens, alteração de horário sem multa ou penalização do passageiro para voos no mesmo dia e facilidade no embarque.

“Rogamos às autoridades competentes e às companhias aéreas que considerem seriamente a necessidade de regulamentar os preços das passagens e revisar dessa forma o modelo de atuação da Ponte Aérea. Isso não se trata de limitar a liberdade de mercado, mas sim de garantir que voar entre duas das maiores cidades do Brasil seja acessível e justo para todos”, finalizou Marcelo Conde.

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