Início Educação Corporativa por Rosangela Moreno ESG: incorporando as questões ambientais, sociais e de governança nos investimentos

ESG: incorporando as questões ambientais, sociais e de governança nos investimentos

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O mercado corporativo sofre mutações constantes e manter a reputação da empresa, garantindo uma entrega de valor para sociedade, tem se tornado assim um trabalho árduo. A sociedade em movimento e a busca por uma economia mais participativa abrem os olhos dos investidores para novas tendências globais na perspectiva do impacto que este macroambiente possa gerar para o negócio. Os investimentos em novos processos organizacionais atrelados a esta visão levam portanto à busca de modelos que garantam longevidade às empresas e o mínimo de risco.

A referida expectativa do mercado, atrelada às preocupações das gerações de consumidores com o impacto ambiental causado pelos produtos e serviços, dando preferência a empresas mais sustentáveis, levam a considerar uma iniciativa da ONU (Organização das Nações Unidas), que surgiu em 2005, num relatório com título “Who CaresWins” (“Ganha quem se importa”, em português) o Environmental, Social and Governance (ESG), que é um modelo de investimento e um conjunto de critérios que consideram, além dos aspectos financeiros, os impactos ambientais, sociais e de governança.

Os investimentos em empresas que praticam ESG oferecem assim vários benefícios, pela tendência das empresas com boas práticas ESG, em buscarem ser mais sustentáveis, impulsionarem a inovação, agregarem valor competitivo e ainda ter melhor desempenho financeiro a longo prazo.

Neste sentido, para as empresas, o investimento nas práticas ESG buscammitigar riscos, trazem vantagem competitiva e garantem a valorização futura do negócio com retorno social e ambiental. Portanto, os indicadores ESG utilizados para avaliar o desempenho de uma empresa em relação aos princípios ESG, incluem uma ampla variedade de métricas, como emissões de CO2, diversidade e inclusão no local de trabalho e gestão.

Segundo relatório de 2022 da PricewaterhouseCoopers Brasil (PwC), 15,1% dos ativos de fundos mútuos na Europa estarão em fundos que consideram os critérios ESG, e até 2025, está previsto 57%. Além disso, 77% dos investidores institucionais pesquisados pela PwC disseram que planejam parar de comprar produtos não ESG nos próximos dois anos.

No Brasil, segundo pesquisa da Morningstar e Capital Reset, os fundos ESG captaram investimentos de R$ 2,5 bilhões em 2020 e mais da metade veio de fundos criados nos últimos 12 meses. Tais dados, demonstram o interesse crescente dos investidores em empresas com práticas ESG, e tendem a avaliar o desempenho das mesmas, levando em conta as áreas ambiental, social e degovernança corporativa, perpassando desde da Integração financeira, análise de práticas ESG, o engajamento com outras empresas para promover as referidas ações, até a política interna e a governança juntamente com os aspectos atrelados a qualidade ESG da empresa e a eficácia dos planos de ação sustentáveis.

Neste viés, o Tripé da sustentabilidade ou Triple bottomline (people, planet,profit), considera estes três pilares de formaintegrada, desempenho econômico-financeiro,gestão ambiental e responsabilidade social.(ELKINGTON, 1998).  O desafio é proteger o meio ambiente, melhorar aqualidade de vida das pessoas e gerarlucros, mantendo recursos suficientespara as próximas gerações.

Artigo de Rosângela Moreno, conteudista, Mestre em Administração, professora universitária e apaixonada por Educação Corporativa
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