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Agência de turismo cultural desponta como opção para impulsionar Brasília como polo de experiências autênticas

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Conhecida mundialmente por sua arquitetura imponente, Brasília também desponta como um vibrante polo de vivências autênticas, inovações criativas e um rico patrimônio imaterial. A capital brasileira, que transcende as fachadas de concreto da Esplanada dos Ministérios, está em plena redescoberta e valorização de suas múltiplas facetas.

Agência de turismo cultural desponta como opção para impulsionar Brasília como polo de experiências autênticas

Em meio a esse cenário promissor, um estudo do Sebrae no Distrito Federal revela oportunidades de negócios promissoras, com potencial para revolucionar assim o empreendedorismo local. Entre as vocações mais promissoras identificadas para o Distrito Federal, está o turismo. Mais precisamente, a criação de agências de turismo receptivo cultural, tipo de empreendimento que visa desenvolver roteiros personalizados, capazes de guiar visitantes por uma Brasília que vai muito além do tradicional turismo cívico, mergulhando dessa forma na riqueza cultural e nas experiências singulares que o território brasiliense oferece.

O estudo do Sebrae reforça o potencial de Brasília ao recordar o reconhecimento como Cidade Criativa do Design concedido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) em 2017. Essa chancela tem ajudado a posicionar a capital do país como um polo estratégico para o turismo cultural e aberto caminhos para diversas possibilidades turísticas.

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O material cita, também, o crescente interesse pelo turismo de experiência e de impacto demanda roteiros personalizados que conectem os visitantes à cultura local, ao design e à arte. E Brasília dispõe de museus, galerias, espaços culturais, feiras de artesanato, ateliês e uma vibrante cena gastronômica, fatores que podem ser aproveitados para que agência proporcione experiências como visitas a estúdios de designers e arquitetos, degustações, passeios por locais icônicos e interações com as comunidades presentes nas regiões administrativas do DF.

Para se destacar no mercado, o levantamento do Sebrae recomenda que a agência adote estratégias inovadoras e utilize a tecnologia para enriquecer a experiência dos visitantes. Por exemplo, o desenvolvimento de um aplicativo para reservas e roteiros interativos, juntamente com a incorporação de realidade aumentada para visitas guiadas, é capaz de permitir uma imersão ainda maior no patrimônio e na história de Brasília. Outro exemplo é a oferta de roteiros temáticos sazonais, como festivais de arte, eventos culturais e circuitos gastronômicos que podem contribuir para manter o interesse contínuo do público e incentivar visitas frequentes.

O estudo ressalta, ainda, que para continuar a transformar a exploração de Brasília, expandir a oferta turística e consolidar a cidade como um destino criativo, dinâmico e inovador, a agência precisa permanecer alinhada às tendências globais de turismo cultural e sustentável, valorizando assim a identidade cultural local e impulsionando o desenvolvimento regional.

O levantamento do Sebrae no DF apresenta uma ficha técnica detalhada sobre a oportunidade de negócio, abordando desde as exigências de mercado e a viabilidade técnica e financeira até aspectos regulatórios, de inovação e o alinhamento com práticas de sustentabilidade. Acesse agora mesmo o site e saiba mais.

A oportunidade na prática

Brasília já conta com uma parcela de empreendimentos que apostam no turismo receptivo. Bianca D’aya, bacharel em Turismo, está à frente de uma deles. Ela é a idealizadora da Me Leva Cerrado, uma agência que começou a ser criada em 2019 com enfoque na promoção de passeios afroturísticos, culturais, gastronômicos, fotográficos, assim como universitários e pedagógicos.

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Inicialmente, a ideia de D’aya, como é mais conhecida dentro do universo do turismo, era construir uma página no Instagram para compartilhar informações sobre atrações de Brasília. Em 2021, no entanto, ela amadureceu a ideia e lhe deu forma após conduzir uma excursão bem-sucedida para Hidrolândia, em Goiás.

Desde então, a Me Leva Cerrado tem se destacado por seus roteiros diversificados, que vão além dos cartões-postais tradicionais de Brasília. Além dos city tours convencionais e roteiros religiosos, a agência oferece passeios que exploram a cidade para além dos Eixos. Trata-se do “Brasília Negra”, tour criado por D’aya para pessoas interessadas em conhecer a história afrodescendente da capital e que conta com visitas a locais como a Praça dos Orixás, Museu Vivo da Memória Candanga, entre outros.

“O carro-chefe da agência é o tour Brasília Negra. É uma experiência que propositadamente se distancia da rota monumental, oferecendo portanto uma perspectiva cultural e histórica mais profunda”, conta D’aya.

Embora ainda atraia um público bastante específico, segundo a empreendedora, o tour tem ganhado reconhecimento significativo. A agência já guiou procuradores, advogados de tribunais renomados como o Tribunal Superior do Trabalho (TST), Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF) e até mesmo membros do Fundo Mundial para a Natureza (WWF).

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Fotos: Arquivo Bianca D’aya/ Me Leva Cerrado

A trajetória de D’aya à frente da agência, no entanto, não foi isenta de desafios. Ela cita que o setor de turismo ainda carece de regulamentação, o que pode gerar uma concorrência desleal por parte de profissionais não qualificados e a desvalorização dos serviços de qualidade.

Para se diferenciar nesse cenário, a Me Leva Cerrado investe pesadamente na excelência do serviço. Além disso, segundo D’aya, plataformas de avaliação, como o TripAdvisor, funcionam como um importante validador da qualidade de seus tours.

A empreendedora completa que essas avaliações consolidam e comprovam a qualidade do serviço que oferece, destacando a importância do feedback do cliente na construção da reputação. “São essas avaliações que destacam que o que ofereço é um serviço de qualidade que precisa ser difundido”, completa.

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