Como sempre digo, pais e avós são responsáveis em criar novas experiências para seus baixinhos, tanto para que possam conhecer um “mundo” além do seu dia a dia, como para a formação de paladar, oportunizando para que eles possam passar a ter escolha, ou mesmo escolher.
O difícil é quando as experiências são muito boas e, a partir daí, coisas do passado já não são mais aceitas.
Acabei passando por isso em minha última viagem com o Théo. Fomos para a cidade de Campo Mourão, no Paraná, e dali seguimos para um hotel fantástico a cerca de uma hora de transfer.
De São Paulo a Campo Mourão são aproximadamente onze horas de viagem – que fizemos de ônibus.
A única viagem que o Théo havia feito de ônibus, foi em uma excursão para o Beto Carreiro – ele tinha uns 5 anos – da qual fala positivamente até hoje, mesmo tendo acontecido em ônibus de viagem semileito.
Dessa vez, através de uma parceria com a Viação Nordeste, nossa viagem foi de ônibus leito cama. Um ônibus lindo, preto com letras douradas. Hoje com 9 anos, o Théo passou a ser um pouco “birrentinho”, e mesmo antes do embarque começou a reclamação de que não iria na parte de baixo, queria ficar na parte alta do ônibus.
Na hora do embarque, parte de baixo. Um pouco de bico até que… descobriu o quanto o banco abaixava, como a poltrona virava cama, o tamanho da janela, as cortininhas que separam os bancos, as luzes de led de cabeceira… e o momento de maior alegria… quando entregaram a manta, o travesseiro e o lanchinhoooo – dentro de uma réplica do ônibus em papel, recheado com biscoitos, chocolate, além de todinho e refri. Acabou o “bico”.
“Olha! Eu tenho até uma mesa”, disse o Théo levantando a parte dos pés. A partir desse momento, a mesa virou o lugar para fazer o lanche (devorou tudo), depois a poltrona virou cama…. ”Olha essa luz aqui no canto! Aqui é mais confortável do que a minha cama”.
Não demorou muito foi para o “planeta dos sonhos”, enrolado na manta. Acordou em uma das paradas, tão animado que o motorista deixou ele fazer posse como se estivesse dirigindo.
Na viagem de volta, como já estava familiarizado com tudo, só comentou: “Como é bom dormir vendo as estrelas no céu”.
Nosso muito obrigada a Viação Nordeste que proporcionou essa experiência ao Théo e a Vovó Legal.
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