Na FIT América Latina, realizada em Buenos Aires, Francisco Nicolás, chefe de marketing da Organização Nacional de Turismo do Japão (JNTO), compartilhou as estratégias que aproximam o Japão do público latino-americano. Ele ressaltou o crescimento do turismo argentino e destacou atrativos que vão muito além de Tóquio e Kyoto.
A chegada da JNTO à região
Francisco Nicolás recordou que a JNTO abriu escritório no México em 2021, com a missão de promover o Japão como destino para turistas de gama média e alta. “Nós vemos o mercado latino-americano, com exceção do Brasil, que é atendido pela oficina de Nova Iorque”, explicou o executivo. Ele afirmou que a participação na FIT, em sua terceira edição consecutiva, reforça a Argentina como mercado estratégico.
Turistas argentinos batendo recordes
O marketing da JNTO já projeta números expressivos para 2025. “De janeiro a junho deste ano, 18 mil argentinos viajaram ao Japão. Esperamos superar os registros anteriores à pandemia”, disse Nicolás. Para ele, essa expansão mostra não só a recuperação do setor, mas também o interesse crescente do público em explorar a cultura japonesa.
Cultura e qualidade valorizadas pelos latinos
Apesar da distância geográfica, o Japão conquistou a preferência de visitantes da região. “O público latino gosta muito do Japão. Interessa-se por sua cultura, tradição, comida e também pela qualidade — tanto das pessoas, calorosas, quanto da infraestrutura”, comentou Nicolás. Ele destacou ainda que destinos como Hiroshima e Nikko têm atraído cada vez mais além das clássicas Tóquio, Kyoto e Osaka.
A paixão pelas compras
As compras representam um capítulo à parte para os viajantes latinos. “Querem levar o Japão dentro da mala. É um desafio para os operadores, mas ficamos felizes com essa energia”, disse o chefe de marketing. Segundo ele, a influência dos criadores de conteúdo digital e a atual acessibilidade de preços também impulsionam a ida de turistas para o país.
Okinawa e o charme das ilhas japonesas
Entre os novos atrativos, Nicolás destacou Okinawa, arquipélago no sul do Japão, conhecido como as “Maldivas japonesas”. “Okinawa tem uma cultura muito especial, uma fusão da tradição Ryukyu, além de praias tropicais de águas cristalinas ideais para mergulho e snorkel”, contou. Ele acrescentou que a ilha surpreende até os viajantes mais experientes, unindo natureza, história e inovação.
Como chegar e onde se hospedar
Para os argentinos, as conexões variam entre rotas via Rio de Janeiro, Cidade do México, Estados Unidos, Istambul ou Dubai. Já o Brasil se conecta ao Japão por Frankfurt, Panamá ou também pelos Estados Unidos. Sobre hospedagem, Nicolás destacou a diversidade da hotelaria japonesa. “Há opções para todos os orçamentos. Desde business hotels econômicos em áreas centrais, até hotéis de luxo com estruturas completas”, afirmou. Entre os bairros recomendados em Tóquio, estão Shinjuku e Shinbashi.
O Japão cada vez mais perto
A soma entre cultura, hospitalidade, conectividade e preços competitivos faz com que o Japão se consolide como destino em alta para os viajantes latino-americanos. Como resumiu Nicolás, “apesar de estar longe, o Japão é um vizinho, se considerarmos o Pacífico apenas como uma pequena barreira”.