Uma das personagens mais icônicas da literatura e da teledramaturgia brasileira ganha versão operística em uma montagem inédita que será apresentada em São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Curitiba e Boa Vista. O projeto “Hilda Furacão, A Ópera” conta com o patrocínio da Petrobras, que há mais de 40 anos investe na cultura como uma força transformadora, apoiando iniciativas em todo o país que promovem a diversidade, valorizam a identidade nacional e ampliam o acesso à produção artística brasileira.
A Orquestra Ouro Preto leva aos palcos brasileiros Hilda Furacão, a Ópera, adaptação do aclamado romance de Roberto Drummond, ambientado em Belo Horizonte e imortalizado na célebre minissérie dos anos 1990. Com música original de Tim Rescala e direção de cena de Julliano Mendes, a montagem é regida pelo maestro Rodrigo Toffolo e promete emocionar plateias de todo o Brasil.
Com libreto em português e dividida em dois atos, a ópera celebra a riqueza da cultura brasileira. E mergulha nos dilemas éticos, sociais e religiosos de uma época marcada por contradições.
A turnê nacional começa por São Paulo, nos dias 8 e 9 de agosto, às 20h, no Theatro Municipal, após o sucesso da temporada de estreia em 2024, quando as duas récitas realizadas na cidade tiveram ingressos esgotados. Depois o espetáculos segue para Belo Horizonte, nos dias 18 e 19 de setembro, no Palácio das Artes; Rio de Janeiro, na Cidade das Artes, nos dias 27 e 28/09; Curitiba, dias 22 e 23/10, no Teatro Guaíra; e Boa Vista, no Teatro Municipal de Boa Vista, nos dias 31 de outubro e 1º de novembro. Os ingressos já estão à venda.
A protagonista é vivida pela mezzo-soprano Carla Rizzi, que retorna à cena com a Orquestra após sua atuação em Auto da Compadecida, a Ópera. Ao seu lado, o tenor Anibal Mancini interpreta Frei Malthus, trazendo ao palco a intensidade do conflito entre desejo e fé. Completam o elenco de solistas Marília Vargas (Loló Ventura), Marcelo Coutinho (Nelson Sarmento), Johnny França (Aramel) e Fernando Portari, que assume o papel de narrador e do próprio autor, Roberto Drummond. A montagem conta ainda com a participação de um coro com 16 vozes, que contribui para a densidade dramática e musical da obra.
Nos bastidores, Luiz Abreu assina a direção de arte; Paula Gascon, os figurinos; Tiça Camargo, o visagismo; Carol Gomes, a cenografia; e Bruno Corrêa, a engenharia de som. A época em que a história se passa ganha vida com as cores e a ousadia da Orquestra Ouro Preto, que imprime sua identidade visual e cênica à montagem. O resultado são cenas impactantes, cheias de surpresas, que ampliam o drama e a potência narrativa da ópera.
Na partitura original, Tim Rescala incorporou elementos do universo musical popular da época retratada no romance, como músicas brasileiras, boleros e sucessos radiofônicos, ao discurso operístico tradicional, criando uma obra híbrida entre a ópera e o musical.
O romance do escritor mineiro conta a história de Hilda, uma jovem bela e rebelde que rompe com as expectativas ao abandonar sua vida de prestígio e refugiar-se na zona boêmia da capital mineira. Sua jornada se entrelaça com a de Frei Malthus, um jovem religioso determinado a transformar a vida dos habitantes da região. Esse encontro desencadeia uma série de conflitos éticos e sociais, em um confronto entre desejo e dever, liberdade e moralidade. Uma narrativa que encontra na ópera a linguagem perfeita para seu desenvolvimento dramático, somando-se ao panteão de grandes heroínas do gênero, como Carmen e Aída, e consolidando o caminho para a criação de uma ópera nacional que dialoga com nossa história, cores e sons.
“Hilda tem todos os elementos para se tornar uma ópera: uma trama instigante e trágica, personagens fortes e uma grande carga emocional”, afirma o compositor Tim Rescala. Para o maestro Rodrigo Toffolo, “Hilda é uma protagonista perfeita para esse ciclo de óperas brasileiras que a Orquestra Ouro Preto vem desenvolvendo. É uma personagem feminina forte, com reflexões profundas sobre liberdade, destino e imposições sociais.”
Com esta produção, a Orquestra reafirma seu compromisso com a criação de um repertório operístico brasileiro, acessível, contemporâneo e enraizado na identidade cultural do país.
Turnê 2025 “Hilda Furacão, a Ópera”
São Paulo
Data: 8 e 9 de agosto de 2025, às 20h
Local: Theatro Municipal de São Paulo – Praça Ramos de Azevedo, s/n – República
Ingressos: À venda no site do Theatro
Classificação indicativa: 12 anos
Belo Horizonte
Data: 18 e 19 de setembro de 2025, às 20h
Local: Palácio das Artes (Av. Afonso Pena, 1537, Belo Horizonte/MG)
Ingressos: À venda na bilheteria do teatro e no site Eventim
Classificação indicativa: 12 anos
Rio de Janeiro
Data: 27 e 28 de setembro de 2025, às 20h e 18h, respectivamente
Local: Cidade das Artes (Av. das Américas, 5300 – Barra da Tijuca, Rio de Janeiro)
Ingressos: À venda na bilheteria do teatro e no site Sympla
Classificação indicativa: 12 anos
Curitiba
Data: 22 e 23 de outubro de 2025, às 20h
Local: Teatro Guaíra (R. XV de Novembro, 971, Centro. Curitiba/PR)
Ingressos: À venda na bilheteria do teatro e no site DiskIngressos
Classificação indicativa: 12 anos
Boa Vista
Data: 31 de outubro e 1º de novembro de 2025, às 20h
Local: Teatro Municipal de Boa Vista – Av. Glaycon de Paiva, São Vicente
Ingressos: À venda no Teatro e na plataforma ShopIngressos
Classificação indicativa: 12 anos