Turismo está associado a lazer e entretenimento, mas é um dos pilares que sustentam a economia de muitas regiões. Por trás de cada viagem, uma complexa rede – de hotéis, restaurantes, lojas – é ativada, beneficiando comunidades, empresas e governos com recursos injetados na economia local. Isso garante assim mais empregos, maior arrecadação de impostos e melhorias na infraestrutura. Esse efeito multiplicador faz do turismo um setor estratégico.
Hoje, destinos questionam os impactos do overtourism, que ocorre quando um local recebe visitantes em excesso, resultando dessa forma em sobrecarga da infraestrutura, degradação ambiental e insatisfação de turistas e residentes.
No Brasil, talvez já haja casos pontuais de overtourism, mas estamos longe desse cenário. Aqui, ainda enfrentamos desafios ligados à falta de visitantes em várias regiões com grande potencial, que necessitam de mais incentivo, promoção, políticas públicas adequadas e infraestrutura para acolher mais turistas, sem comprometer a qualidade da experiência ou a preservação do ambiente.
Políticas públicas são essenciais para criar um ambiente favorável ao crescimento do turismo. Isso inclui infraestrutura básica, como estradas e aeroportos, incentivo fiscal e concessão de parques naturais e equipamentos culturais para empresas privadas.
A reforma tributária no Brasil é um exemplo de como o turismo pode ser impactado por mudanças nas políticas econômicas. O setor precisa ser reconhecido por sua capacidade de gerar emprego e renda, e tratado como prioridade nas agendas de desenvolvimento econômico, com alíquotas competitivas. Países com IVA reduzido para o turismo mantêm sua competitividade, atraindo mais visitantes e incentivando portanto a economia.
Hoje, Dia Mundial do Turismo, devemos reconhecer que somos turistas em algum momento de nossas vidas. Temos um papel na promoção do crescimento sustentável dos destinos que visitamos. Em cada viagem, contribuímos assim para o fortalecimento da economia local e a preservação da cultura e das tradições.