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Hotel tem o primeiro robô concierge do Brasil

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Os hóspedes do hotel Ramada Encore Berrini, em São Paulo, estão tendo uma surpresa logo na recepção. Entre a equipe de funcionários está a Rebeca, uma robô desenvolvida para exercer a função de concierge.

Ela foi treinada para responder perguntas corriqueiras sobre o funcionamento do estabelecimento. Por exemplo, os horários das refeições, senhas do Wi-Fi e recomendações na região. Segundo a gerente do hotel, Fernanda Schaper, a robô Rebeca causa sempre surpresa no público.

“Rebeca Berrini é uma novidade para os clientes e, certamente, fortalecerá a imagem de nossa marca, enfatizando a inovação”, avaliou Fernanda.

O modelo é um Sanbot Elf, fabricado pela chinesa Qihan Technology, que tem como “cérebro” o sistema Watson, da IBM. Com rodinhas e sensores de toque, presença e movimento, Rebeca é capaz de circular de maneira autônoma em ambientes planos, e ficará pelo lobby à disposição dos hóspedes.

Ela possui um sistema de reconhecimento de voz, para conversar com o público, e será alimentada progressivamente para responder cada vez mais perguntas.

De acordo com as descrições no site da Qihan, a robô Rebeca mede 90 centímetros de altura e pesa 19 kg. Na cabeça estão sete microfones, duas câmeras, um sensor tridimensional, sete sensores de toque, um giroscópio, além de sensores para reconhecimentos de corpos humanos e de obstáculos.

André Araújo, diretor executivo da start-up XRobô, fornecedora do serviço, explica que a máquina tem “na cabeça” as respostas básicas, mas também se conecta à internet para buscar informações mais complexas.

“O robô de serviço já é uma realidade, principalmente na Ásia, em países como Japão, China e Cingapura. Eles estão espalhados em aeroportos, shoppings, lojas, restaurantes e hotéis. A gente usa a Inteligência Artificial do Watson, parte das informações está na “cabeça” e outra parte está na internet. Mas para as perguntas mais frequentes, de 70% a 80% dos casos, as respostas já estão dentro dela”, comentou Araújo.

A ideia é que com o passar do tempo ela aprenda ainda mais. A start-up possui uma equipe de análise de dados, que vai acompanhar relatórios das perguntas feitas pelos hóspedes, para alimentar mais respostas no “cérebro” da Rebeca.

No início, o aprendizado será por programação, mas no futuro é possível que o aprendizado seja automatizado.

Araújo não revela o preço do robô, mas explica que o modelo de negócio é com a venda do equipamento. O contrato inclui suporte de 12 meses. A empresa também estuda o modelo de contratos de aluguel, que não exige altos investimentos.

Apesar de ser uma máquina, Rebeca não trabalha em jornadas 24/7. A autonomia da bateria é de aproximadamente oito horas.

Quando a carga está no fim, ela segue automaticamente para o ponto de recarga. O processo demora cerca de uma hora e meia antes dela voltar ao trabalho.

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