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Fazer permuta pode representar 50% de economia

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As trocas multilaterais podem auxiliar nos negócios desde a preservação do fluxo de caixa até a manutenção de funcionários. Principalmente, em um momento de crise como a causada pela pandemia do novo coronavírus. Segundo levantamento feito pelo Clube de Permuta, rede de franquias de permutas multilaterais, entre seus associados, a economia decorrente das trocas pode chegar a 50%.

O Clube de Permuta tem como foco as trocas inteligentes, também chamadas de multilaterais, de produtos e serviços entre as empresas associadas. Após passar por uma análise, a empresa recebe um limite de crédito em ‘permutz’, a moeda virtual utilizada para as negociações dentro da plataforma.

“Nessa modalidade de negociação, a empresa A pode vender feijão para a B e, com o crédito em permutz que receberá, poderá adquirir um automóvel da companhia C, que também é associada. Cada permutz equivale a um real”, explica Leonardo Bortoletto, fundador da rede.

Em pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em abril deste ano, 76% das empresas tiveram suas atividades afetadas pela pandemia e, como consequência, tiveram seus faturamentos reduzidos.

Do total de empresários entrevistados, 59% está com dificuldades para cumprir os pagamentos correntes e 55% relataram que o acesso ao capital de giro ficou mais difícil. Segundo informações do Banco Central, a soma das dívidas das empresas mais afetadas chega a R$ 900 bilhões.

Segundo Bortoletto, as trocas multilaterais podem ser benéficas para os negócios não só agora, como também no período pós quarentena.

“Quando uma empresa troca aquilo que ela tem, seu produto ou serviço, por algo que precisa, ela não altera o caixa e o preserva. O fim do isolamento social trará consigo algumas mudanças importantes em todo o mundo”, explica.

“As necessidades por alguns serviços serão maiores, como os de tecnologia, consultorias, implementação de novas tecnologias, de gestão e de RH, por exemplo. Com a permuta, a empresa consegue fazer tudo isso preservando o caixa da empresa, o que pode ser crucial para sua manutenção depois de um período tão difícil”, diz Bortoletto.

Cassio Lira, 40 anos, associado do Clube de Permuta, já colhe os frutos por realizar as transações por permuta em seu restaurante. “Planejo com antecedência algumas despesas, como o serviço de contabilidade, por exemplo, que já contratei para o período de cinco anos, na plataforma do Clube. Isso dá uma tranquilidade, pois quando a pandemia se deu, era algo que já não precisava me preocupar. Dedetização e limpeza da coifa são serviços que, se não fosse por meio das trocas, talvez não conseguisse fazer agora durante a quarentena”, diz o empresário.

Lira pontua ainda que neste período de pandemia também conseguiu comprar novos uniformes para os funcionários e realizar uma obra em seu estabelecimento graças à plataforma. “Do outro lado, nas vendas, conseguimos manter nossos clientes que também são associados do clube ativos e tivemos um aumento de 120% no delivery do restaurante”, explica.

Clube de Permuta foi lançado em 2012

O Clube de Permuta é uma plataforma de relacionamento empresarial de compra e venda de produtos e serviços por permuta multilateral. A empresa começou em Minas Gerais, no ano de 2012 e entrou para o mercado de franchising em 2015.

Com 23 unidades, já movimentou mais de R$180 milhões em negociações. Para se tornar um franqueado, é preciso investir a partir de R$95 mil (com taxa de franquia inclusa) e o tempo de retorno é de, em média, 18 meses.

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