Início Ecoturismo, Aventura e Esporte Encontro discutiu potencial turístico da Mata Atlântica

Encontro discutiu potencial turístico da Mata Atlântica

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Tornar o último grande remanescente contínuo de Mata Atlântica um polo de ecoturismo, aliando desenvolvimento econômico e conservação da natureza. Esse foi o foco do evento promovido pela Prefeitura de Antonina, no litoral do Paraná, dia 14 de junho. Estiveram presentes prefeituras, instituições privadas e do terceiro setor do Paraná, Santa Catarina e São Paulo.

Esse modelo de desenvolvimento econômico baseado no turismo de natureza é conhecido como Produção de Natureza. Nele, as áreas naturais bem conservadas, com vida selvagem abundante e de fácil observação atraem visitantes nacionais e internacionais.

O patrimônio natural e cultural da Grande Reserva Mata Atlântica pode proporcionar a criação de um grande destino turístico internacional. A área abrange 2 milhões de hectares dos últimos remanescentes contínuos do bioma. É o equivalente a 2 milhões de hectares de ecossistemas marinhos, passando por 46 municípios.

Uma opção para gerar uma economia com base em serviços onde antes havia apenas setor primário. Um exemplo disso são os parques estaduais de São Paulo.

O gestor de Unidades de Conservação da Fundação Florestal de São Paulo, Edson Montilha, apresentou a agenda de uso público dos parques do Estado. Ele mostrou que os projetos contam com infraestrutura adequada para garantir segurança e conforto para os visitantes. Além da boa gestão de Unidades de Conservação da região.

A exploração turística da Mata Atlântica pode gerar renda em pequenos municípios

Para as comunidades locais, o turismo representa a possibilidade de geração de empregos. E, com isso evitar o êxodo da população jovem devido à falta de alternativas de oportunidades de trabalho.

“Vamos unir nossas singularidades para conversarmos com a sociedade e com o poder público para passar essa mensagem. Tenho confiança de que esse trecho, que é o último remanescente de Mata Atlântica do mundo, pode trazer desenvolvimento e qualidade de vida para a nossa população”, ressaltou o prefeito de Antonina, José Paulo Vieira Azim (Zé Paulo-PSB).

Para o pesquisador Ignácio Jimenez, um dos responsáveis pela implementação de um projeto similar na região de Esteros del Iberá, na Argentina, a rica biodiversidade do bioma, com espécies como a onça-pintada e o mico-leão-de-cara-preta e o grau de conservação tornam a Grande Reserva Mata Atlântica uma área única.

“Essas características aliadas aos aspectos histórico-culturais da região trazem a essa região uma ótima oportunidade de torná-la o primeiro grande destino turístico internacional no Brasil”, afirmou o pesquisador Ignácio Jimenez.

“Nós precisamos de equilíbrio. Precisamos nos unir para trazer desenvolvimento para essa região sem prejudicar o meio ambiente. O turismo de natureza é uma alternativa. Já que é um turismo responsável que, ao mesmo tempo, fomenta a economia local”, destacou o secretário estadual do Desenvolvimento Sustentável e Turismo do Paraná, Márcio Nunes.

O encontro contou com a participação do prefeito de Paranaguá, Marcelo Elias Roque (PV), do vice-prefeito de Guaraqueçaba, Jose Teofilo Vidal Lopes (Zito-PSD), do prefeito de Morretes, Osmair Costa Coelho (Marajá-PMDB). As ações promovidas pela iniciativa podem ser acompanhadas pelas redes sociais da Grande Reserva Mata Atlântica.

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