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Em viagem ao Brasil, Olivier Chavy fala sobre a transformação da Panorama em uma agregadora de serviços e experiências mundiais para o viajante

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Os dias mais turbulentos e as incertezas do mercado de turismo causadas pela pandemia ao longo dos últimos dois anos foram, também, um momento de transformação e inovação para a Panorama, empresa que mantém sob seu guarda-chuva marcas como RCI, 7Across, Love Home Swap, Registry Collection, @Work International e, mais recentemente, a Alliance Reservations Network (ARN), todas pertencentes a Travel + Leisure Co.

Lançada em meio a pandemia, a Panorama trouxe novidades, primeiro para a indústria da propriedade compartilhada, aí inseridos os mercados de multipropriedade e tempo compartilhado, e, posteriormente, com a aquisição de marcas relevantes, para o segmento turístico como um todo. À frente da operação está o executivo Olivier Chavy, Presidente Panorama.

Ele, que desde 2019, comanda o processo de transformação da empresa, esteve no Brasil na última semana de março e primeira semana de abril, acompanhando de Juan Ignacio Rodriguez, Diretor executivo RCI – América Latina. Juntos, eles foram recebidos por Fabiana Leite, Diretora de Desenvolvimento de Negócios da RCI para a América do Sul, e pelo time da RCI no Brasil para uma maratona de reuniões e encontros com os empreendimentos afiliados à empresa com a proposta de discutir os próximos passos da retomada.

“Muitas mudanças aconteceram nesses últimos dois anos, em especial as aquisições ocorridas em janeiro de 2021, que permitiram dessa forma nos reposicionar no mercado sob uma óptica mais voltada para a indústria do turismo, hospitalidade e lazer”, afirma Chavy.

As aquisições a que se refere são da plataforma ARN e da marca Travel + Leisure Co, ambas estratégicas para a empresa, uma vez que passaram a oferecer, por um lado, tecnologia para o público B2B e por outro, desenvolvimento de novos produtos e experiências personalizadas aos afiliados. “Deixamos de ser uma empresa voltada apenas para a indústria do timeshare e da multipropriedade e hoje, somos uma empresa de viagens e hospitalidade”, diz o executivo.

O legado histórico da RCI como empresa líder global na indústria da propriedade compartilhada e a base de mais de 3,9 milhões de usuários afiliados ao sistema é um trunfo da companhia que sabe como, quando e de que forma oferecer assim viagens e serviços agregados a esses membros.

Atrelado à tecnologia da plataforma, a Panorama Travel Service agrega à viagem a jornada completa, desde hotéis, cruzeiros, locação de automóveis, passeios e experiências pelo destino escolhido, até o retorno via transfer em casa, com um diferencial: grandes margens de descontos ao usuário final.

“É uma grande evolução em nosso modelo de negócio. Pois com essa tecnologia unimos as duas pontas em uma mesma plataforma. Temos nossos agentes (B2B) que têm acesso às condições comerciais mais competitivas e com descontos exclusivos, e temos o nosso cliente afiliado que pode escolher como quer viajar”, ressalta Chavy.

Os descontos oferecidos na plataforma são exclusivos para os membros afiliados da Panorama Travel Service (PTS) e a prática só é possível pois a empresa negocia taxas de descontos que, como parte da estratégia do modelo de negócio, são repassadas aos clientes B2C.

Brasil segue como mercado estratégico

O executivo Ignacio Rodriguez, Diretor executivo RCI – América Latina, ressalta que no Brasil há um apetite grande pelo modelo de negócio, e parcerias e novidades estão em andamento. “Estamos conversando com empresas do segmento bancário e de seguros para criar assim novas oportunidades de expandir a atuação da empresa”, conta.

Prova desse apetite são os números de crescimento em terras brasileiras. Mesmo com os desafios da pandemia, o desempenho da indústria cresceu cerca de 16%. Em 2019, o Brasil já correspondia a cerca de R$ 1 bilhão em vendas.

“Nos últimos dois anos, toda a indústria turística sofreu muito com o impacto da pandemia nos negócios. Mas há uma resiliência grande nesse setor. Há desenvolvedores já tradicionais do mercado que continuam aplicando recursos, e há uma leva nova de investidores capitalizando sobre o modelo”, diz.

Juan Ignacio atribui o desenvolvimento contínuo também ao perfil de usuário, em especial das propriedades compartilhadas, para utilizar o serviço. Segundo o executivo, neste primeiro momento, cerca de 95% dos brasileiros devem realizar viagens dentro do próprio País. “Para este ano, estamos trabalhando com o objetivo de atingir US$ 1,4 bilhão, o que representa um crescimento de quase 40%. É um desafio ousado, mas possível”, conclui.

As perspectivas de crescimento e planos para o Brasil, apresentados por Juan Ignacio, são compartilhadas por Fabiana Leite, Diretora de Desenvolvimento de Negócios da RCI para a América do Sul: “estamos confiantes. Essa indústria é muito resiliente e vemos uma demanda real de reconexão e mudança de prioridades que a pandemia nos trouxe, como passar mais tempo de qualidade em família. Além disso, a sustentabilidade de nossa empresa, que tem uma gestão forte e independente, nos permitiu e nos permite inovar, transformar e adaptar nosso negócio para continuarmos crescendo e oferecendo aos nossos membros associados um serviço diferenciado e de alta qualidade”, diz.

Parcerias estratégicas

Para crescer a presença da marca para além dos afiliados, a Panorama Travel Service (PTS) trabalha com parcerias estratégicas de empresas que oferecem o acesso à plataforma como um benefício de serviço agregado ao core business.

Na prática, se uma empresa de cartão de crédito é parceira da PTS, ela pode definir o perfil do cliente que terá acesso aos benefícios da plataforma e oferecê-lo um diferencial de serviço, uma prática comum de white label. Com isso, o cliente da empresa de cartão de crédito não é um membro da comunidade PTS, mas desfruta dos serviços via parceiro.

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