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Brasil testa ponte aérea com reconhecimento facial

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O projeto Embarque + Seguro 100% Digital, com uso de reconhecimento facial, começou a operar no dia 15 de junho no Aeroporto de Congonhas (SP). Os passageiros da ponte aérea entre as capitais de São Paulo e Rio de Janeiro participam do teste simultâneo da tecnologia de ponta a ponta. O principal benefício, da iniciativa inédita, é que não há necessidade de apresentar cartão de embarque e documento de identificação.

O projeto do Ministério da Infraestrutura, desenvolvido em parceria com o Serpro e a Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia, já foi testado nos aeroportos de Florianópolis (SC), Salvador (BA), Santos Dumont (RJ) e Belo Horizonte (Confins).

Após a aprovação do projeto-piloto, o Governo Federal avançará com as ações para implantação efetiva da tecnologia nos principais aeroportos brasileiros. A tecnologia tem o objetivo de tornar mais eficiente, ágil e seguro o processo de embarque nos aeroportos.

“É a primeira vez que os testes são realizados simultaneamente em dois dos nossos aeroportos. O fato estabelece, também de forma inédita, uma ponte aérea biométrica entre SP/RJ, que é a quinta de maior movimento do mundo”, destaca o secretário-executivo do MInfra, Marcelo Sampaio.

Ao longo do dia, passageiros da Azul Linhas Aéreas que se deslocaram entre os aeroportos de Congonhas e Santos Dumont foram convidados a experimentarem a tecnologia de reconhecimento biométrico facial para acessar as áreas de embarque e as aeronaves nos dois terminais.

“O Embarque + Seguro coloca o Brasil na vanguarda neste movimento do Governo Federal para a transformação digital do Brasil. E combina validação biométrica e análise de dados, garantindo uma conferência precisa, ágil e segura da identidade dos passageiros. Com isso, eles podem viajar com mais conforto e tranquilidade. A solução atende à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e tem por premissa a segurança no tratamento dos dados pessoais contra uso indevido ou não autorizado”, enfatiza o presidente do Serpro, Gileno Barreto.

Para o presidente da Infraero, Brigadeiro Paes de Barros: “O Embarque + Seguro na ponte aérea une duas vertentes essenciais para agilizar os processos de embarque. Ele traz mais segurança e facilidades para o passageiro e todo o sistema de aviação civil”.

Brasil testa primeira ponte aérea com reconhecimento facial do mundo
Fotógrafo: Elton Pereira

Como funciona

No momento do check-in no aeroporto, o passageiro da Azul Linhas Aéreas é convidado a participar do projeto. Após concordar, a pessoa recebe uma mensagem no celular, solicitando autorização para a obtenção dos dados, incluindo CPF e foto. Com o consentimento, o atendente da companhia aérea, utilizando o aplicativo do Serpro desenvolvido para esse fim, realiza a validação biométrica do cidadão, comparando os dados e a foto, tirada na hora, com as bases governamentais.

A partir da validação, o passageiro fica liberado para ingressar na sala de embarque e na aeronave passando pelos pontos de controle biométricos, que fazem a identificação por meio de câmeras. Tudo isso, sem a necessidade de o usuário apresentar documento e cartão de embarque.

Segurança Total

No projeto-piloto, são medidos indicadores como redução no tempo em filas no acesso à sala de embarque e à aeronave, além dos custos de operação. Com os testes, espera-se aumentar a segurança aeroportuária já que o reconhecimento facial permite a identificação precisa dos passageiros.

“Caminhamos para um embarque biométrico totalmente seguro em todos os aeroportos do país. Além de a medida ser segura do ponto de vista sanitário, ao dispensar o manuseio de papeis durante a pandemia, garante a proteção total dos dados dos usuários, pois o Embarque + Seguro 100% Digital atende a todos os preceitos da LGPD”, afirma Marcelo Sampaio.

Parcerias

O Serpro é parceiro estratégico do MInfra na agenda digital de transporte do país. Mas o Embarque + Seguro conta ainda com a colaboração de companhias aéreas e dos aeroportos nos quais os testes vêm sendo realizados, que têm possibilitado o aprimoramento do projeto a cada etapa. O piloto da ponte aérea está sendo implementado com o apoio da Infraero e da Azul Linhas Aéreas. E a tecnologia das estações de identificação facial foi desenvolvida pelas empresas Digicon, Idemia e Azul/Pacer.

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