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Aviação regional incentiva pequenas empresas de serviços

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A privatização dos aeroportos e a expectativa de crescimento do transporte aéreo, com dezenas de voos regionais sendo anunciados nas últimas semanas em todo país, têm impulsionado o surgimento de empresas de serviços (ground handling) de pequeno porte. Isso tem acontecido, especialmente, nas localidades mais afastadas dos grandes centros.

São empresas que atendem companhias aéreas e aeroportos nas demandas por diversos serviços. Entre eles, aqueles voltados para transporte de bagagens, limpeza de aeronaves, inspeções de segurança, check-in, abastecimento, transporte de superfície para tripulação e passageiros, raio X, tanto de bagagem de mão como as despachadas, manuseio de carga aérea – exportação e importação, entre outras atividades.

“A expansão da aviação regional, com o uso de aeroportos menores, longe dos grandes centros, é uma necessidade para o país. Ao mesmo tempo, muda o formato do mercado. Nestas localidades, há uma predominância de empresas de ground handling de pequeno porte. A maioria delas são regionais”, disse Ricardo Aparecido Miguel, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Serviços Auxiliares do Transporte Aéreo (Abesata).

Segundo ele, nos maiores aeroportos há a concentração das grandes empresas de serviços auxiliares. A maioria são multinacionais, mas nos menores estamos vendo o surgimento de empresas pequenas. “Não importa o tamanho, o mais importante é que sejam legalizadas e não aventureiras”, comenta.

Campanha “Esata Legal” visa estimular contratação de empresas legalizadas

A entidade lançou este mês uma campanha chamada “Esata Legal”. O objetivo é incentivar a contratação de empresas de serviços em solo legalizadas e estimular a regularização das demais. “Só tem um serviço pirata no mercado, se há alguém disposto a contratá-lo”, afirma Miguel.

Para o executivo, o papel da associação é fazer campanhas educativas e fomentar o desenvolvimento da capacitação. Recentemente, foi dado o primeiro passo para a criação de um pólo de formação de profissionais em Guarulhos. A iniciativa deve ser expandida para outras capitais. “Só com investimento em capacitação e ética é que vamos ter um mercado competitivo e saudável”, afirma.

A Associação defende a livre concorrência com empresas legais, não aventureiras, e uma postura ética diante do mercado em expansão.

Segundo dados da Abesata, as empresas de serviços em solo ou Ground Service Providers (GSP) respondem por 40% dos atendimentos em solo no Brasil. A média mundial, segundo a IATA, é de 50%.

No comparativo com maio de 2016 e dezembro de 2018, observa-se alta de 30% no segmento. Em todo país, existem 120 empresas de ground handling, que, juntas, são responsáveis por gerar mais de 42 mil empregos diretos.

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